Equilíbrio Emocional em Tempos de Crise Pessoal: o que aprendi atravessando as minhas
- gasparzulmira
- 28 de mai.
- 3 min de leitura
Por muito tempo eu acreditei que ser forte era manter tudo sob controle, não deixar transparecer os medos e seguir em frente como se nada estivesse desmoronando por dentro.

Hoje, aos 42 anos, depois de tantas reinvenções — na carreira, nos afetos, no corpo, na fé em mim mesma —, entendo que equilíbrio emocional não é ausência de caos. É saber respirar dentro dele.
Crises pessoais são inevitáveis. Elas chegam sem pedir licença. Às vezes vêm como rompimentos, doenças, perdas, mudanças bruscas ou simplesmente aquela sensação de que “não faz mais sentido”. São momentos em que a gente se vê de frente com nossas sombras, nossos vazios e nossas verdades mais cruas.
Mas sabe o que eu descobri? Esses momentos também são portais.
🌪️ Quando tudo parece sair do lugar
Foi então que comecei a me perguntar:
O que eu estou sentindo de verdade?
O que está me doendo tanto?
De quem (ou do que) estou tentando dar conta sozinha?
As respostas não vieram rápido. Vieram aos poucos, em silêncios, lágrimas escondidas no banheiro, caminhadas sem rumo e em conversas sinceras com outras mulheres que também estavam cansadas de fingir que davam conta de tudo.
💡 Equilíbrio Emocional em Tempos de Crise Pessoal O que é, afinal, equilíbrio emocional?
Equilíbrio emocional não é ser zen o tempo todo. É ter recursos internos para se escutar, se acolher e se conduzir mesmo quando tudo está difícil.
É entender que sentir raiva, tristeza, medo ou frustração não te torna fraca — te torna humana.
É dar nome ao que se sente. É buscar apoio. É reconhecer limites. É ter coragem para pausar.
E acima de tudo: É não se abandonar.
🧭 O que me ajuda (e pode te ajudar também)
Ao longo do tempo, fui reunindo algumas práticas e percepções que me ajudam a reencontrar o eixo nos momentos em que tudo parece sair do lugar. Aqui estão algumas delas — quem sabe alguma te sirva hoje?
1. Respirar com presença
Parece simples, mas poucas vezes respiramos de verdade. Colocar a mão no peito, fechar os olhos e fazer três respirações profundas pode ser o início de um reencontro com você mesma.
2. Falar sobre o que está doendo
Com alguém de confiança, com um grupo seguro, com um profissional — ou escrevendo. Externalizar o que sentimos é uma forma de organizar o caos interno.
3. Criar pausas conscientes
Nem que seja por cinco minutos por dia. A pausa não é perda de tempo, é cuidado. E às vezes, na pausa, vêm as respostas que a correria esconde.
4. Nutrir o corpo e o coração
Alimentação, sono, movimento, mas também arte, natureza, música, abraço... tudo isso conta. O emocional também mora no corpo.
5. Praticar a autocompaixão
Você não precisa acertar tudo. Nem hoje, nem amanhã. Fale consigo como falaria com uma amiga querida. Com gentileza. Com encorajamento.
6. Buscar sentido, não perfeição
Em tempos de crise, procurar “dar conta de tudo” só aumenta a dor. Tente buscar um pequeno sentido. Uma intenção. Um passo. Isso já é caminho.
✨ No fundo, é sobre presença
Hoje, quando a vida aperta, eu não me cobro mais para estar bem o tempo todo. Eu me acolho, me escuto e me permito sentir. E sabe o que acontece? A dor passa mais rápido. A leveza volta. A intuição fala mais alto.
Porque quando a gente se faz presente pra si mesma, mesmo em pedaços... a gente começa a se reconstruir.
Se você está vivendo um tempo difícil, por favor, não se cobre para ter todas as respostas agora. Se dê tempo. Se dê colo. Se dê a chance de reencontrar o seu eixo com leveza.
Você não está sozinha. E mesmo que pareça, o caos não é o fim. É o solo onde, muitas vezes, a nossa versão mais verdadeira começa a florescer.
Com carinho e presença,
Zu Gaspar





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